O que é? A Affectiva, uma startup dos EUA, desenvolveu um sistema que usa inteligência artificial para entender o estado mental e emocional de motoristas enquanto estão dirigindo seus carros. A empresa está com um programa ativo no momento, no qual paga voluntários para instalar kits em seus veículos. Estes kits contêm câmeras, sensores e microfones, e analisam expressões faciais, gestos e tons de voz. Esses dados são rotulados por especialistas e colocados em uma base de dados maior para treinar o algoritmo. Segundo a Affectiva, após um dia e meio, em média, os motoristas esquecem que os equipamentos estão instalados e agem normalmente. O objetivo é fazer com que o veículo consiga analisar o estado de espírito do motorista e ajudar de alguma maneira. Por exemplo: se o carro perceber uma certa sonolência, pode sugerir uma parada para um café – no caso de um veículo com um certo nível de autonomia, o mesmo pode inclusive estacionar o carro sozinho ou se auto-dirigir até uma cafeteria. Outro exemplo é, no caso da identificação de um momento de raiva, o sistema de som pode tocar umas das músicas favoritas da pessoa.
Por que é importante? O avanço tecnológico permite dispositivos cada vez mais inteligentes e a tendência é que isto faça com que estes sejam gradualmente integrados às nossas vidas. O carro, dependendo de sua profissão ou da distância entre casa e trabalho, é um dos locais onde as pessoas passam mais tempo, então é natural que haja esta preocupação em melhorar o bem estar de quem está dirigindo. Detectar o estado emocional das pessoas tem o potencial não só de aprimorar a experiência, mas até de salvar vidas. Há, entretanto, – como em todas as discussões sobre tecnologia atualmente – uma preocupação com a privacidade dos dados coletados.
E agora? O programa piloto já ajudou a companhia a entender mais profundamente alguns padrões de emoções humanas, como o fato da raiva ser expressada geralmente por uma combinação de expressões faciais e aumento no tom de voz, enquanto a felicidade basicamente por expressões faciais apenas. Não há, no entanto, previsão de comercialização da tecnologia.
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