Os smartphones de tela dobrável, após anos de espera, finalmente começaram a ser apresentados este ano. Na edição 2019 do Mobile World Congress, em Barcelona, o maior evento da indústria de dispositivos eletrônicos móveis no mundo, eles foram a grande sensação, com a possibilidade de aumentar a tela para seus usuários quando abertos e diminuí-los a ponto de caberem no bolso quando fechados. Porém, ainda deve demorar até que estes equipamentos tornem-se populares. Pelo menos é que afirma a Gartner, uma das mais reconhecidas empresas de consultoria e pesquisa em tecnologia, em novo estudo divulgado esta semana.
O relatório aponta que, até 2023, serão cerca de 30 milhões de unidades vendidas, representando apenas 5% do mercado total de smartphones. Como justificativas, a Gartner coloca a durabilidade – afinal, as pessoas vão usa-los tantas vezes quanto usam os aparelhos “normais”, ou seja, vão abri-los centenas de vezes ao dia, o que pode provocar arranhões e danos mais sérios às telas – e o valor, já que ao menos os preços dos modelos lançados são bem acima dos tradicionais. O Samsung Galaxy Fold, por exemplo, irá custar cerca de US$2 mil, enquanto o Mate X, da Huawei, chegará às lojas por US$2.600. A tendência, como em todas as inovações tecnológicas, é que estes preços caiam com o tempo, o que deve aumentar consideravelmente o interesse pela categoria.
O estudo da Gartner traz ainda números dos mercados de PCs, notebooks, tablets e de smartphones em geral (como você pode ver na tabela abaixo). O destaque fica por conta dos smartphones, que em 2019, novamente, devem sofrer queda nas vendas, chegando a 1,8 bilhão de unidades, 0,5% a menos que ano passado. Em 2020, é esperado um crescimento de 1,2% em relação a 2019, porém os números devem voltar a cair em 2021. Um dos motivos é o tempo médio de vida útil dos aparelhos que vai aumentar de 2,6 para 2,8 nos próximos cinco anos. Pode parecer pouco, mas faz a diferença. Em janeiro escrevi sobre a possível saturação do mercado de smartphones e você pode ler clicando aqui.
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