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Semana Renova Inova: 29/09 a 05/10

DIRETO DO RENOVA INOVA


AirBNB e a economia compartilhada total

O AirBNB é a terceira startup mais valorizada do mundo - seu valor de mercado se aproxima dos US$30 bilhões. Não só isso, a empresa é um expoente na chamada economia compartilhada. Agora pretende ir além: quer dar participação acionária aos hosts, aqueles que disponibilizam quartos e imóveis na plataforma. Segundo a companhia, o sucesso destes hosts é o sucesso do AirBNB. Saiba mais!


AS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA SEMANA


Saúde

Três pessoas jogam Tetris juntas usando apenas o pensamento

O que é? Cientistas da Universidade de Washington, nos EUA, desenvolveram uma espécie de rede social entre cérebros – chamada de BrainNet -, que permitiu que três pessoas em salas diferentes se comunicassem por meio de “pensamento” e colaborassem para jogar um game (uma versão simplificada de Tetris) de forma conjunta. Comunicações desta maneira já haviam sido testadas antes com duas pessoas, mas esta foi a primeira vez que foi demonstrada com mais indivíduos. Usando esta técnica, os participantes do experimento foram capazes de resolver o jogo em 81,25% das vezes.

Por que é importante? Uma comunicação deste tipo pode permitir que pessoas com problemas graves de saúde consigam interagir com outras, sem contar que abre novas possibilidades de colaboração e aumenta o conhecimento sobre como funciona o cérebro. O processo é simples, apesar dos nomes complicados: três participantes são colocados em salas diferentes; dois são os remetentes e o terceiro, o recebedor. Todos têm aparelhos de eletroencefalograma (EEG) conectados às cabeças, que gravam a atividade cerebral. O recebedor também está ligado a uma máquina de estímulos magnéticos transcranianos (EMT), que estimula reações no cérebro. No experimento, os remetentes conseguiam ver a tela completa do jogo - como na imagem acima - e deveriam avisar ao recebedor (que só enxergava a peça caindo) se a mesma deveria ser girada ou não. Se quisessem que ela girasse, os remetentes focavam o olhar no lado esquerdo da imagem abaixo, onde uma luz de LED piscava a 15Hz. Essa luz gerava ondas cerebrais da mesma frequência, que por sua vez eram captadas pelos EEGs e transmitidas para o EMT do recebedor. Assim, o EMT induzia um ponto de luz a aparecer no campo de visão deste recebedor, um sinal de que ele deveria girar a peça.

E agora? Por enquanto só foi possível permitir este tipo de interação ainda muito simples, mas o primeiro passo foi dado. A ideia agora é ampliar as possibilidades de comunicação, mas também fazer com que mais pessoas consigam se conectar a rede, inclusive via internet. Uma conexão cérebro-para-cérebro por meio da nuvem poderia criar uma rede de colaboração em escala global. Segundo os pesquisadores, isso não é tão complicado, uma vez que o conceito foi provado. Bastariam mais aparelhos de EEG e máquinas de EMT. Incrível!


Meio-Ambiente


Primeiro voo comercial usando combustível feito a partir de lixo atravessou o Atlântico

O que é? Um avião da companhia Virgin Atlantic voou de Orlando, nos EUA, para Londres, no Reino Unido, esta semana abastecido por uma mistura de combustível normal e etanol feito a partir de lixo. Foi o primeiro voo comercial a usar a mistura. A empresa responsável é a americana LanzaTech. Ela transforma gases ricos em carbono, retirados de lixo industrial, em combustível.

Por que é importante? As companhias aéreas são responsáveis por 2% de toda a emissão de gases poluentes no mundo. Por conta disso, ter uma alternativa sustentável aos combustíveis fósseis seria de grande valia no combate às mudanças climáticas. A LanzaTech afirma que, no futuro, poderá suprir cerca de 20% do total de combustível para o setor de aviação e diminuir as emissões do mesmo em 65%.

E agora? O voo de Orlando para Londres teve apenas 5% de etanol, o restante foi de combustível convencional. Porém, este número pode chegar a 50% eventualmente. A Virgin Atlantic está tentando apoio junto ao governo do Reino Unido para que a LanzaTech construa três fábricas na região até 2025, que seriam capazes de produzir 125 milhões de galões dessa mistura de combustível por ano. A companhia aérea diminuiu suas emissões de CO2 em 24% entre 2007 e 2017 substituindo aeronaves mais antigas por novas e quer ampliar este percentual atacando o combustível que utiliza.

Probióticos para plantas substituem fertilizantes sintéticos para diminuir emissão de gases poluentes

O que é? A Pivot Bio é uma startup da Califórnia que está desenvolvendo probióticos para plantas para substituir fertilizantes sintéticos utilizados em plantações. Pesquisadores da empresa descobriram micróbios que possuem uma capacidade dormente de produzir nitrogênio, um nutriente fundamental nestes fertilizantes. Por meio de engenharia genética, eles conseguiram reativar esta capacidade e aprimora-la. O primeiro produto é um líquido para plantações de milho que é aplicado quando as sementes são plantadas. Em testes, este produto teve resultados na colheita comparáveis aos fertilizantes sintéticos.

Por que é importante? A produção de fertilizantes sintéticos a base de nitrogênio emite grande quantidade de gases poluentes. Além disso, quando decomposto, estes fertilizantes transformam-se em óxido nitroso, também altamente danoso ao meio-ambiente. Por conta disso, eliminar estes gases das plantações seria um ótimo agente no combate às mudanças climáticas.

E agora? O produto da Pivot Bio promete tanto que a empresa recebeu aporte de US$70 milhões do Breakthrough Energy Ventures, fundo criado por Bill Gates para investir em tecnologias sustentáveis avançadas. Com o capital, a startup pretende ampliar sua linha de produtos para outras plantações, como arroz e trigo, por exemplo, e expandir além das fazendas americanas, indo para países como Brasil, Argentina e Canadá.



Diversidade


Califórnia quer mais mulheres nos conselhos das empresas do estado

O que é? A Califórnia aprovou lei que obrigará empresas sediadas no estado que sejam listadas na Bolsa a incluir mulheres em seus conselhos de administração. Até o final de 2019, ao menos uma mulher deve integrar os conselhos; até julho de 2021, duas mulheres deverão fazer parte de conselhos com até cinco membros e três mulheres em conselhos de seis ou mais membros. As empresas que não respeitarem a nova regra serão multadas em US$100 mil na primeira violação e em US$300 mil a partir da segunda violação.

Por que é importante? A Califórnia é o estado americano mais rico, com um PIB que a faria ser a quinta maior economia do mundo. Por lá estão sediadas empresas gigantes, especialmente de tecnologia, como Apple, Alphabet (dona do Google) e Facebook, por exemplo. Estas, aliás, apesar de terem mulheres em seus boards, atualmente estariam abaixo do número mínimo proposto para 2021. Aproximadamente um quarto das empresas do estado que são listadas não possuem mulher alguma em seus conselhos.

E agora? A lei é controversa. Por mais que seja uma tentativa de aumentar a diversidades dos conselhos e diminuir o gap que existe entre homens e mulheres em posições de liderança no mundo corporativo, cerca de 30 grupos de empresários da Califórnia questionam que não cabe ao estado impor uma lei que, segundo eles, “dá preferência a um gênero em relação a outro e que membros atuais de conselhos perderiam suas vagas com base apenas neste critério”. Por conta disso, é quase certo que haverá disputas judiciais para barrar a iniciativa. Resta esperar para ver como esta história se desenrola.



Entretenimento


Netflix quer testar formato interativo em produções originais

O que é? Segundo informações da Bloomberg, o Netflix vai testar um formato interativo em um episódio da aclamada série “Black Mirror”, cuja quinta temporada estreia em dezembro. Dessa maneira, os assinantes poderão escolher como o episódio irá transcorrer, mudando o enredo de acordo com sua preferência. A Bloomberg afirma ainda que há um acordo fechado para outra produção neste formato, cujo nome não foi revelado, além de negociações para mais séries e filmes interativos.

Por que é importante? Atualmente já existem duas opções interativas no Netflix, mas voltadas para o público infantil. Em “Gato de Botas – Preso num conto épico” e “Stretch Armstrong: A Fuga”, quem está assistindo pode escolher os caminhos da história de maneira bem simples, usando o mouse. Ambas têm, inclusive, um desenho de um controle de videogame nas artes para mostrar que tratam-se de produções interativas. Porém, colocar esta opção em “Black Mirror” seria a primeira experiência do tipo voltada para o público adulto. Não se sabe ainda, no entanto, como isso irá funcionar de fato.

E agora? A ideia do Netflix com interatividade é, claro, aumentar o número de assinantes, mas, principalmente, mantê-los fiéis. Dar a eles a possibilidade de escolher como suas séries podem se desenrolar parece ser uma opção bem interessante, haja vista o grande sucesso de reality shows como “The Voice” e “Big Brother”, no qual a audiência escolhe quem continua nos programas. Talvez este modelo também pegue com produções originais. Um empecilho pode ser o custo. Criar diferentes linhas de enredo para desenhos animados é bem mais barato do que em produções como “Black Mirror”. Porém, dinheiro não parece ser problema para uma empresa que, segundo projeções, deve gastar US$13 bilhões em conteúdo original em 2018.



FOTO DA SEMANA

Esta é a primeira cápsula em tamanho real do Hyperloop, o meio de transporte futurista idealizado por Elon Musk, mas que hoje tem algumas empresas investindo para coloca-lo em funcionamento. A companhia responsável pela Quintero One, como é chamada a cápsula, é a HyperloopTT, com sede nos EUA, mas cujo centro de pesquisa e testes fica na França. O conceito do Hyperloop é de vagões, como de trems, que viajam em um tubo a vácuo, sobre trilhos magnéticos, que permitem que eles flutuem, chegando a velocidades impressionantes de 1.200km/h. Apesar da promessa, ainda trata-se de um conceito e não foram feitos testes que comprovem tamanha capacidade. Porém, cada vez mais as empresas estão evoluindo. Segundo a HyperloopTT, a Quintero One estará pronta para ser testada com passageiros já em 2019. Será?



ISTO É INCRÍVEL!

A Iron OX é uma fazenda indoor quase 100% automatizada nos EUA. Ela produz hortaliças em quantidade igual a fazendas outdoor, mas utilizando cinco vezes menos espaço. A empresa desenvolveu os próprios robôs e o software que os controla, chamado “The Brain”. Atualmente, 15 humanos trabalham na startup, auxiliando em algumas tarefas que os robôs não conseguem realizar. Ainda. A ideia é que, em breve, todo processo de plantação e colheita seja automatizado. O propósito da empresa é conseguir produzir e entregar alimentos frescos próximos a cidades grandes e combater a escassez de mão-de-obra rural no país.

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