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Semana Renova Inova: 22/09 a 28/09


Direto do Renova Inova


Em 2025, as máquinas podem trabalhar mais que os humanos

O tema “Futuro do trabalho” é um dos mais quentes da atualidade. E para aumentar o debate, o Fórum Econômico Mundial lançou novo estudo com dados importantes sobre o assunto. O mais polêmico deles afirma que, em 2025, as máquinas vão trabalhar mais horas do que os humanos. Além disso, há ainda considerações sobre o Brasil. Saiba mais!

AS NOTÍCIAS MAIS RELEVANTES DA SEMANA

Pessoas com paraplegia voltam a andar graças a implante na medula espinhal

O que é? Usando métodos parecidos, duas pesquisas diferentes publicadas esta semana mostraram que pessoas paralisadas da cintura para baixo conseguiram voltar a andar com a ajuda de andadores graças ao implante de um dispositivo em suas medulas espinhais. O dispositivo tem 16 eletrodos, que disparam estímulos elétricos e são controlados por um controle remoto pelos pacientes. Estes estímulos permitem movimentar os membros inferiores. Um dos pacientes andou a distância de um campo de futebol americano (cerca de 110 metros).

Por que é importante? Segundo a Organização Mundial de Saúde, todos os anos entre 250 mil e 500 mil pessoas no mundo sofrem lesões na medula espinhal. O uso de dispositivos pode vir a ser uma opção para que estas pessoas voltem a andar e a viver uma vida um pouco mais independente. Porém, não bastam só os estímulos elétricos; foram precisas muitas sessões de fisioterapia e treinos em esteiras para que os participantes do estudo pudessem se acostumar com a nova condição e terem controle sobre suas pernas e pés.

E agora? Há algumas barreiras a serem superadas. A primeira, e mais importante, é que os próprios pesquisadores não sabem exatamente porque e como o dispositivo funciona. E isso é fundamental para conseguir aprovação para que o método comece a ser aplicado comercialmente. A segunda é que nem todos os participantes das pesquisas apresentaram o mesmo resultado. Isso pode ter acontecido por conta de diferenças nas lesões, nos treinos ou nos próprios estímulos. De qualquer maneira, não deixa de ser uma ótima notícia, que deve ser acompanhada de perto para ver como evolui.

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Cientistas dão passo para criar óvulos a partir de células de pele ou sangue

O que é? Cientistas da Universidade de Kyoto, no Japão, conseguiram criar ovogônias - estágios precursores de óvulos humanos - em laboratório pela primeira vez. Para isso, reprogramaram células sanguíneas de uma mulher, fazendo com que se tornassem células-tronco, que são capazes de se transformar em qualquer outro tipo de célula. Estas células-tronco foram injetadas em um ovário artificial e, a partir daí, se desenvolveram em ovogônias.

Por que é importante? As ovogônias não podem ser fecundadas, ou seja, delas não é possível gerar outro ser humano. Porém, é um passo muito importante para que, no futuro, óvulos possam ser criados em laboratório, o que seria revolucionário no combate à infertilidade. Mitinori Saitou, pesquisador que liderou o estudo, já havia conseguido criar óvulos e espermatozoides de ratos em laboratório em 2012, usando a mesma técnica, e conseguiu originar filhotes a partir deles.

E agora? O próximo passo é tentar aplicar o mesmo processo para gerar óvulos e espermatozoides humanos e, a partir deles, um bebê. Há, no entanto, barreiras a serem ultrapassadas. Ainda é preciso estudar para entender se estes novos humanos “criados em laboratório” teriam problemas graves de saúde, como câncer ou doenças genéticas. Além disso, há uma questão ética. Afinal, essa técnica pode permitir que se tenha um filho de qualquer outra pessoa, mesmo sem autorização, até mesmo de alguém que já morreu. Bastaria pegar uma amostra de tecido ou até de cabelo, por meio dos folículos capilares.

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Walmart vai exigir que seus fornecedores usem Blockchain

O que é? Após dois anos de testes, o Walmart finalmente decidiu incorporar a tecnologia blockchain à sua cadeia de suprimentos. A partir de setembro de 2019, a companhia vai exigir que seus fornecedores de hortaliças e verduras usem uma rede de registros digitais como uma forma de conseguir rastrear em tempo real os produtos desde onde são produzidos até as lojas. Com isso, a empresa quer facilitar o processo de localização de origem em caso de produtos contaminados. Em uma demonstração, o tempo para encontrar a fazenda que produziu um lote de manga caiu de sete dias para alguns segundos.

Por que é importante? Blockchain, a tecnologia por trás do Bitcoin e de todas as outras criptomoedas, tem sido um dos assuntos mais quentes dos últimos anos. Inúmeras startups surgiram prometendo usa-la para diferentes fins e grandes empresas começaram a estudar formas de incorpora-la no dia-a-dia para melhorar processos e gestão. Porém, o blockchain ainda não decolou, seja por falta de entendimento sobre do que de fato se trata, por dúvidas em relação à sua real utilidade, receio de hackers, regulação e outros motivos. Por isso, ter o Walmart, a empresa nº 1 da Fortune 500 com mais de US$500 bilhões em receitas anuais, apostando na tecnologia é uma grande chancela.

E agora? Ainda em 2019, o Walmart deve exigir o mesmo de fornecedores de todos os vegetais e frutas. Quem vai se dar bem nessa é a IBM, que desenvolveu esta aplicação em blockchain, já que os fornecedores serão obrigados a se tornar clientes dela também. Só com as hortaliças são mais de 100 deles. Será que agora outras empresas do mesmo porte também vão abraçar esta tecnologia?

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Mosquitos modificados geneticamente para acabar com a malária

O que é? Cientistas da Imperial College London alteraram geneticamente em laboratório mosquitos transmissores da malária, fazendo que toda uma população em um ambiente controlado morresse. Para isso, eles usaram uma técnica chamada gene drive (algo como direcionamento de gene, em português), que permite espalhar alterações genéticas em organismos de forma mais rápida do que seria na natureza. Desta forma, os cientistas fizeram com que se espalhasse entre a população um gene que transforma mosquitos fêmeas em hermafroditas, incapazes de picar e se reproduzir. Assim, após oito gerações, não havia mais fêmeas, o que fez com que não sobrassem mais mosquitos no ambiente.

Por que é importante? A malária é transmitida por mosquitos e, somente em 2016, infectou 216 milhões de pessoas em todo o mundo, especialmente na África, matando cerca de 445 mil delas. Não existe vacina contra a doença, por isso erradicar os transmissores seria uma solução para atacar o problema. O projeto da Imperial College London, chamado de Target Malaria, foi financiado pela Bill & Melinda Gates Foundation, do fundador da Microsoft e sua esposa.

E agora? O experimento foi realizado em local controlado e muito pequeno, de cerca de 20 cm cúbicos. A ideia é ir, aos poucos, aumentando o ambiente para verificar se os mosquitos irão se comportar da mesma maneira, antes de testar na própria natureza, o que só deve acontecer em 10 anos, por conta de autorizações de governos e estudos sobre o impacto ambiental de se erradicar uma espécie.

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Primeiros testes de viabilidade de um elevador espacial estão a caminho

O que é? No último dia 22 de setembro, a Agência Espacial do Japão lançou um foguete rumo à Estação Espacial Internacional contendo dois microssatélites, de cerca de 10 centímetros cada. Estes serão colocados no espaço interligados por um cabo de 10 metros e, neste cabo, um pequeno robô irá se movimentar de um lado a outro. É a primeira vez que um experimento deste é realizado com o objetivo de testar a tecnologia capaz de construir um elevador espacial.

Por que é importante? O elevador espacial habita a imaginação de cientistas desde o Século XIX e consiste, literalmente, de um cabo de cerca de 96.000km de extensão, que ligaria a Terra ao espaço. Caso isto seja possível algum dia, enviar astronautas e carga para fora do planeta seria muito mais barato e eficiente do que por meio de foguetes.

E agora? Não existe atualmente tecnologia capaz de viabilizar este elevador, muito menos se sabe se isto sequer será possível. Porém, há empresas que têm até um plano desenhado. A japonesa Obayashi Corporation almeja construir um desses por volta de 2050. Ele teria um cabo de 96 mil quilômetros de extensão, feito de nanotubo de carbono (um material especial) e duas pontas: uma no Oceano Pacífico e outra em uma estação espacial.

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A FOTO DA SEMANA

Esta foto é da superfície do asteroide Ryugu, localizado a 95.600km da Terra. Ela foi tirada por um rover, uma espécie de robô, enviado pela missão japonesa Hayabuza2, lançada em 2014 e que pousou no asteroide este mês. Ela ficará por lá até dezembro de 2019, explorando o local e coletando amostras, quando retornará à Terra, com previsão de chegada em dezembro de 2020. Vale a pena acompanhar o Twitter oficial da missão, pois diariamente diversas fotos são postadas.


ISTO É INCRÍVEL!

Roboticistas da Universidade da Pensilvânia, da Universidade de Nova York e do Laboratório de Pesquisa do Exército Americano desenvolveram uma aplicação que permite controlar um drone apenas com os olhos, usando um óculos que rastreia as pupilas e um pequeno computador.


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