top of page
  • feliperibbe

Pílula pode substituir injeções de insulina em diabéticos

O que é? Pesquisadores do MIT e da Novo Nordisk - uma farmacêutica dinamarquesa, que é a maior produtora de insulina do mundo – desenvolveram uma pílula inteligente, que pode, no futuro breve, substituir as injeções de insulina que diabéticos precisam tomar todos os dias. A pílula tem uma pequena agulha em seu interior, que se prende à parede do estômago para liberar o medicamento; a ponta da agulha é feita 100% de insulina comprimida e liofilizada, já o eixo da mesma é composto por outro material biodegradável, o que permite que a pílula passe com tranquilidade pelo sistema digestivo após cumprir seu papel. Como a parede do estômago não tem receptores de dor, os cientistas acreditam que os pacientes não sentirão quando a agulha entrar em contato com o órgão. A partir do momento que isto acontece, a insulina se dissolve em um ritmo que pode ser controlado pelos pesquisadores no momento em que a pílula é preparada. Nos testes realizados, isso demorou cerca de uma hora. Os testes foram realizados em porcos, que possuem estômago parecido com o de seres humanos, e os resultados publicados na conceituada revista Science. A quantidade de insulina aplicada por este novo método se assemelha a quantidade que um paciente com diabetes do tipo 2 precisaria injetar todos os dias. A pílula também pode ser adaptada para carregar outros tipos de medicamentos, como imunossupressores e anti-inflamatórios.


Por que é importante? Segundo a Organização Mundial de Saúde, mais de 420 milhões de pessoas têm diabetes em todo mundo. Em 2040, este número deve chegar a cerca de 650 milhões. Muitas destas pessoas precisam tomar injeções de insulina todos os dias, um processo que demanda habilidade com seringa e pode ser doloroso. Por isso, ter uma pílula que consiga fazer este trabalho seria revolucionário, não só para diabéticos, como para portadores de outras enfermidades, que também demandam injeções periódicas.


E agora? Os cientistas continuam desenvolvendo a tecnologia, buscando maneiras de otimizar o processo de produção das pílulas. Eles esperam que os testes em humanos comecem em dois a três anos.


Comentários


bottom of page