O que é? Um grupo de pesquisadores do MIT desenvolveu um novo material capaz de se auto reparar usando apenas luz solar e dióxido de carbono (CO2), sem a necessidade de interferência humana. O polímero criado assume esta capacidade à medida que incorpora o carbono. Para isso, depende do mesmo componente que as plantas usam para se alimentar: o cloroplasto, que são organelas localizadas nas células de vegetais e responsáveis pela fotossíntese. Neste caso, os cloroplastos foram retirados de folhas de espinafre, o que faz com que eles parem de “trabalhar” após algumas horas. Por conta disso, os pesquisadores estão estudando a substituição destes por um componente não biológico, que seja capaz de desempenhar as mesmas funções, porém de forma mais estável e por muito tempo. Um material como este, em estágio mais avançado, pode fazer, por exemplo, que arranhados em carros ou fissuras em telas de smartphones consertem-se sozinhos. O estudo foi publicado na revista Advanced Materials.
Por que é importante? Além da perspectiva de objetos terem a capacidade de se auto consertarem, este novo material pode substituir o plástico (que não só é feito a partir do petróleo, como demora centenas de anos para decompor e é responsável por boa parte da poluição dos oceanos) e ajudar a diminuir a quantidade de dióxido de carbono da atmosfera, um gás do efeito estufa que contribui bastante para as mudanças climáticas.
E agora? Apesar do material já poder ser produzido em tonelada, o mesmo ainda não é forte o suficiente para ser usado oficialmente. Para isso ainda são necessários mais estudos. Porém, as primeiras aplicações comerciais serão viáveis já no curto prazo, de acordo com os pesquisadores. O Departamento de Energia dos EUA, que financiou a pesquisa inicial, está ampliando o investimento para que isto torne-se possível. Ou seja, em breve é capaz de não precisarmos mais nos preocupar quando nosso smartphone cair no chão.
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