O que é? Cientistas da Universidade de Dartmouth, nos EUA, desenvolveram um aparelho que, uma vez conectado a marca-passos, transforma batimentos cardíacos em eletricidade, capaz de fazê-los funcionar sem a necessidade de baterias, como ocorre atualmente. Para isso, eles criaram uma estrutura porosa, feita de um polímero fino e flexível chamado Fluoreto de Polivinilideno (PVDF); esta foi colocada em contato com o fio condutor que liga o dispositivo ao coração e conseguiu fazer com que a energia cinética gerada por este fio com os movimentos do órgão se tornasse eletricidade. Além disso, foi verificado outro benefício: esse aparelho pode ser utilizado também como sensor para coletar dados em tempo real. O estudo foi realizado em animais e os resultados publicados na capa da revista Advanced Materials Technologies.
Por que é importante? Atualmente, milhões de pessoas dependem de dispositivos como marca-passos e desfibriladores para viver. Porém, tais dispositivos necessitam de bateria para funcionar e estas, por sua vez, precisam ser substituídas a cada cinco a dez anos. O problema é que a substituição se dá por cirurgia, o que não só tem custos altos, como ainda gera riscos aos pacientes, como complicações no procedimento ou infecções, por exemplo. O objetivo dos pesquisadores de Dartmouth é que este aparelho faça com que os dispositivos funcionem até o final da vida dos usuários.
E agora? Os estudos já têm três anos e os cientistas esperam que nos próximos dois eles consigam terminar o processo pré-clínico para conseguir as autorizações e iniciar testes em humanos. Se tudo der certo, o produto estará no mercado em cinco anos.
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