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Maratonas virtuais ajudam a classificar participantes para as reais

O que é? Corridas de rua se tornaram uma febre mundial. Não faltam provas de diferentes distâncias e percursos, o que permite que pessoas de várias idades e tipos físicos consigam praticar. Porém, a grande procura pelas principais provas de maratona do mundo fez com que o número de interessados superasse por muito as vagas disponíveis. Por conta disso, os organizadores começaram a inovar. A Maratona de Nova York, por exemplo, criou uma prova virtual classificatória para sua edição oficial de 2019. Pagando US$100 pela inscrição, 500 pessoas terão que correr a distância da maratona de uma vez só durante os quatro primeiros dias de novembro usando o Strava, um famoso aplicativo que monitora performance de atletas profissionais e amadores e compara com outros usuários da rede. Os inscritos são de 28 países diferentes e 39 estados americanos, com idades variando entre 21 e 67 anos. Aqueles que completarem a prova ganharão uma medalha (real), mas também o direito de correr a Maratona de NY ano que vem. Importante: a distância deve ser percorrida ao ar livre.


Por que é importante? Por questões de organização e segurança, as maratonas mais importantes do mundo têm um limite de participantes, o que faz com que muitas pessoas não consigam competir. A de Nova York, em 2018, abriu 15.500 vagas para o público, mas cerca de 105.000 pessoas se inscreveram; a de Tóquio de 2019 recebeu mais de 330 mil aplicações para apenas 27.370 vagas disponíveis; a de Londres, também ano que vem, teve 414 mil requerentes para 40 mil vagas. Dessa maneira, as maratonas virtuais não só servem como um balizador de tempo para assegurar que os mais preparados consigam a inscrição, como também permitem que mais pessoas possam fazer parte do evento, mesmo que não necessariamente no local.


E agora? O sucesso da experiência – as 500 vagas foram preenchidas em algumas horas – fez com que a New York Road Runners, a organização responsável pela Maratona de Nova York, já pensasse em outras provas virtuais para o ano que vem. O Strava também está em contato com outras empresas especializadas para promover eventos como este ao redor do mundo. Quando os dispositivos de realidade virtual se tornarem mais leves e fáceis de usar, podemos pensar até em participantes correndo em esteiras com imagens reais do percurso, como se estivessem de fato no local das provas. Não seria a mesma coisa, é claro, mas certamente aumentaria ainda mais as chances das pessoas poderem participar dos principais eventos sem precisar gastar com passagens, hospedagem, alimentação...


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