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Maratona de Londres substitui garrafas plásticas por embalagens feitas com algas

A Maratona de Londres, uma das mais tradicionais do mundo, inovou em sua edição de 2019. Parte das garrafas contendo água e isotônicos que são distribuídas aos participantes foram substituídas por uma embalagem biodegradável especial, feita a partir de algas marinhas. A embalagem, chamada de Ooho, foi desenvolvida por uma startup britânica, a Skipping Rocks Lab, que coleta algas marinhas marrons e remove cor, odor e sabor das mesmas, para produzir uma membrana fina, que é preenchida com o líquido desejado. Tais algas marinhas não necessitam de água ou fertilizantes para crescer e o fazem a um ritmo médio de 1 metro ao dia. A Ooho, além de biodegradável (leva de 4 a 6 semanas para se decompor naturalmente), também é comestível.


No evento de Londres, foram cerca de 200 mil unidades da embalagem entregues aos atletas, o que contribuiu para uma redução de 920 mil garrafas plásticas usadas em 2018 para 704 mil este ano. Os participantes, ao receberem o produto, optavam por colocá-lo inteiro na boca e mastigá-lo ou então mordê-lo para beber apenas o líquido em seu interior. Segundo os organizadores da prova, a ideia é, gradativamente, aumentar a proporção de Oohos em relação às garrafas nos próximos anos. As embalagens plásticas utilizadas, no entanto, foram todas coletadas e recicladas.


Além do Ooho, a Skipping Rocks Lab planeja produzir outras opções, como redes, embalagens para produtos não-alimentares e um substituto para o plástico filme. A iniciativa é mais uma entre várias ao redor do mundo para diminuir – e, eventualmente, cessar - o uso de plástico, um dos grandes vilões do meio ambiente (leia mais sobre algumas delas aqui, aqui, aqui e aqui). O material é responsável por cerca de 90% da poluição dos oceanos e, segundo o Fórum Econômico Mundial, se mantido o ritmo atual, em 2050 corremos o risco de ter mais plástico do que peixes nos mares.


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