O que é? Pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, da Universidade de Illinois, em Urbana–Champaign, e da Universidade de Cambridge desenvolveram um novo material – o qual chamaram de madeira metálica -, que é tão robusto quanto o titânio, mas de quatro a cinco vezes mais leve, o que o torna capaz até de flutuar sobre a água. Para isso, eles primeiro colocaram minúsculas esferas de plástico (na ordem de centenas de nanômetros de largura) na água; depois, esta água foi evaporada, o que fez com que estas esferas se empilhassem em um padrão ordenado. Na sequência, por um processo denominado galvanoplastia, as esferas foram revestidas em níquel. Para finalizar, os pesquisadores usaram solvente para dissolver o plástico, deixando apenas a estrutura em níquel. O material foi chamado de madeira metálica, por conta de sua densidade, parecida com a da maneira, e de sua natureza porosa. O estudo foi publicado na revista Nature Scientific Reports.
Por que é importante? Um material com estas características tem diversas aplicações em potencial. Dispositivos eletrônicos poderiam ter uma resistência e durabilidade bem maior, sem aumentar o peso; arquitetos poderiam pensar em projetos arquitetônicos que hoje não são possíveis com os materiais existentes; próteses seriam mais leves e robustas; até carros poderiam ser tão seguros quanto os atuais, mas bem mais leves, o que, no caso de veículos elétricos, aumentaria consideravelmente a distância percorrida a cada recarga de bateria, atualmente um dos grandes problemas para a eletrificação da frota de carros mundial.
E agora? Apesar do grande potencial, antes de se pensar no uso comercial é preciso descobrir maneiras de se produzir o material em escala industrial e em menor tempo: os pesquisadores demoram cerca de um dia para fazer uma placa de madeira metálica do tamanho de um selo postal. O foco agora é justamente em aumentar esta eficiência.
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