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Implante cerebral permite que pessoas com paralisia controlem um tablet

O que é? Esta semana foram publicados novos resultados do BrainGate2, uma iniciativa com cientistas de várias universidades, que estuda o uso de BCI (brain-computer interface ou interface entre cérebro e computador, em português) em humanos. Três participantes do experimento - que perderam movimentos nos braços por conta de esclerose lateral amiotrófica ou lesão na medula espinhal – receberam um implante cerebral com eletrodos; sinais neurais captados pelo implante foram decodificados e roteados por meio de um protocolo de interface humana padrão, que deu origem a um mouse virtual; este mouse foi pareado, por meio de Bluetooth, com um tablet comum no mercado, o Google Nexus 9. Os cientistas solicitaram que os pacientes testassem alguns aplicativos, como email, chat, browser de internet, streaming de músicas, compartilhamento de vídeos, agregador de notícias, teclado musical e até um de compras, da Amazon. Em média, os participantes apontaram e clicaram em alguma opção 22 vezes por minuto e digitaram 30 caracteres por minuto.


Por que é importante? Os novos resultados mostram a evolução do BrainGate. Ano passado, a primeira versão havia permitido que um homem paralisado digitasse oito palavras por minuto usando apenas o pensamento. Os participantes também demonstraram animação com as possibilidades do aparelho, descrevendo a experiência como intuitiva. Conforme os BCIs tornem-se mais avançados, é possível imaginar um futuro no qual pessoas com graves problemas de locomoção e/ou de comunicação consigam se expressar com mais facilidade, aumentando assim sua independência.


E agora? O BrainGate2 segue seus experimentos, com 13 participantes no total. O objetivo agora é aumentar a velocidade e aprimorar a confiabilidade do software responsável por decodificar os sinais neurais. No futuro, os cientistas pretendem testar dispositivos implantados que sejam wireless (os atuais precisam estar conectados para funcionar e transmitir dados) e recarregáveis, que ajam de forma similar a marca-passos e implantes cocleares.


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