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Hong Kong começa a testar prisões inteligentes

O que é? O governo de Hong Kong está testando novas tecnologias em três instituições correcionais do território autônomo, em uma tentativa de transforma-las em prisões inteligentes. Uma das tecnologias avaliadas é um braço robótico que analisa as fezes dos prisioneiros em busca de drogas que os mesmos engolem para conseguir entrar com elas na cadeia. Atualmente, isto é feito pelos próprios guardas, com uma vara de madeira; o robô substituiria esta tarefa desagradável, jogando água sobre as fezes para fazê-las desintegrar e encontrar algum item ilegal. Outro exemplo é uma pulseira – como uma dessas que conhecemos para medir o desempenho em atividades físicas -, que será colocada em todos os presos e servirá não só para rastrear suas localizações, como também os batimentos cardíacos; qualquer alteração diferente do normal no pulso soa um alarme no centro de controle, assim como se o interno tentar removê-la. Por último, um sistema de vigilância de câmeras que utiliza inteligência artificial para detectar comportamentos anormais nos presos, como tentativas de suicídio, brigas ou se algum deles tiver algum problema de saúde. Este sistema está sendo testado em apenas quatro dormitórios de uma das prisões, com 12 câmeras no total, inclusive em banheiros; se um preso, por exemplo, bater com a cabeça na parede tentando se machucar, um alarme informa aos guardas, que vão até o local checar a situação. Todas estas informações foram publicadas pelo jornal local South China Morning Post.


Por que é importante? É muito comum ouvirmos falar em casas, escritórios e cidades inteligentes, porém, no caso de prisões, estas novas tecnologias podem desempenhar um papel ainda mais importante, uma vez que são ambientes de alta periculosidade, onde quanto menor a exposição dos guardas, melhor. Estas aplicações podem não só ajudar a direção dos institutos correcionais a aprimorar o controle sobre os mesmos, como também aumentar a segurança dos próprios presos. Isso não quer dizer, entretanto, que não há pontos negativos. A questão da privacidade, por exemplo, está sempre presente nestes casos. Por mais que os internos estejam sob a supervisão do Estado, é preciso entender de que maneira os dados coletados serão armazenados, por quanto tempo e como e até quando poderão ser utilizados.


E agora? Os testes estão sendo realizados durante este ano e, caso os resultados sejam positivos, estas tecnologias devem ser adotadas oficialmente em todas as prisões de Hong Kong.


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