O que é? O Departamento de Defesa dos EUA está desenvolvendo tecnologia para aprimorar a segurança de smartphones. Ao invés de senhas, impressão digital ou reconhecimento facial, a ideia é que os aparelhos do futuro consigam ser acessados por meio de uma análise da combinação de vários elementos, como o jeito de andar do usuário, de digitar na tela e do movimento de tirar ou colocar o dispositivo no bolso. Para isso, a tecnologia vai usar os sensores que já vêm embutidos nos smartphones atuais e que são geralmente utilizados por aplicativos de jogos. Desta forma, cada usuário terá um perfil próprio, combinando a maneira que executa diferentes ações. A partir destes perfis, serão geradas pontuações de risco; quaisquer movimentos incomuns diminuirão tal pontuação e, caso a mesma fique muito abaixo do normal, o aparelho será bloqueado. Porém, não precisa se preocupar, pois o objetivo é que a funcionalidade seja apenas mais uma camada de segurança, ou seja, caso o dispositivo seja bloqueado sem querer, haverá ainda a opção de digitar uma senha, por exemplo, para destrava-lo. E tal função também provavelmente seria opcional, como são as funções de segurança atualmente. Apesar de desenvolvido pelo Departamento de Defesa, a tecnologia estará disponível não apenas para seus membros, mas comercialmente para todos os civis. Segundo a entidade, há conversas em andamento com diversos fabricantes de smartphones.
Por que é importante? Com a revolução digital, as pessoas confiam em dispositivos eletrônicos para guardar arquivos importantes tanto de suas vidas pessoais, quanto profissionais. E a questão da cybersegurança é uma preocupação cada vez maior, com inúmeros casos de roubos de senhas e informações em todo mundo. Sem contar furtos e perdas de aparelhos, que podem representar riscos a reputações e negócios. Por isso, novas funções de segurança, que tornem o trabalho de hackers e ladrões mais complicados, são muito importantes. O Departamento de Defesa dos EUA tem um histórico de invenções que, a princípio, tinham aplicações militares, mas que se tornaram fundamentais na sociedade, como a internet e o GPS. Pode ser que esta seja mais uma.
E agora? De acordo com a entidade, em 18 meses a tecnologia estará pronta para ser comercializada, ou seja, em 2020 já podemos ter smartphones que nos identificam de forma ainda mais pessoal.
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