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Federação de Ginástica quer automatizar julgamento em competições

O que é? A Federação Internacional de Ginástica (FIG) pretende usar a tecnologia para melhorar a acurácia no julgamento de notas em suas competições a partir de 2019. O sistema, desenvolvido pela Fujitsu, uma empresa japonesa, vem sendo testado nos últimos dois anos e será aplicado pela primeira vez em etapas do Mundial ano que vem. A princípio, ele funcionará como um auxílio aos juízes humanos. Para isso, o sistema utiliza câmeras, sensores e LIDAR, tecnologia fundamental em veículos autônomos, que dispara milhões de lasers e consegue criar uma imagem 3D dos movimentos do atleta e do equipamento onde ele está competindo. A partir daí, um algoritmo de inteligência artificial recebe os dados e determina o ângulo das articulações dos atletas, como cotovelos, joelhos e ombros, por exemplo. A análise do ângulo destas articulações é parte importante nas notas das apresentações. Esta informação é passada em tempo real aos juízes, assim que a apresentação se encerra e tem uma margem de erro de apenas um centímetro.

Por que é importante? O julgamento das competições de ginástica ainda se baseia em olhos humanos bem treinados, o que, mesmo com juízes experientes, aumenta a possibilidade de notas diferentes em movimentos semelhantes. Isto muitas vezes faz com que os resultados sejam contestados, inclusive com acusações de favorecimento. Desta maneira, ter um equipamento como este criaria um padrão, pelo menos na questão dos ângulos das articulações, deixando as avaliações mais justas. A iniciativa da FIG segue a linha de outros esportes, que adotaram tecnologia para auxiliar o trabalho dos árbitros. O vôlei e o tênis, por exemplo, adotaram o sensor de linha; o futebol recentemente introduziu o VAR para tentar eliminar erros em lances capitais. Além de melhorar as avaliações, a entidade e a Fujitsu afirmam que o sistema pode também ajudar os próprios atletas ao permiti-los analisar seus movimentos e aperfeiçoa-los; e aumentar a interação com fãs, disponibilizando as imagens em aplicativos de smartphones em locais de competição.

E agora? A FIG pretende adicionar capacidades para tornar o sistema totalmente autônomo já em 2020. A Fujitsu também almeja adotar a tecnologia em outros esportes que “sofrem” do mesmo problema, como saltos ornamentais, surfe e nado sincronizado.


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