O que é? Dois estudos mostraram que exames realizados em pequenos vasos sanguíneos na retina podem detectar sinais de Alzheimer ainda em estágio inicial em pacientes que não apresentam os sintomas clássicos. Um dos estudos foi realizado por pesquisadores da Universidade de Duke, nos EUA, e outro por uma equipe do Sheba Medical Center, em Israel. Ambos usaram um exame chamado angiografia por tomografia de coerência ótica, que permite analisar de forma não invasiva até as menores veias nos olhos. A premissa foi de que, como a retina é conectada ao cérebro por meio do nervo ótico, sua deterioração e de seus vasos sanguíneos pode sinalizar que as mesmas alterações estão ocorrendo na estrutura cerebral também. Os resultados mostraram que pacientes com Alzheimer apresentavam uma das camadas da retina mais fina do que os que não tinham a doença, mesmo aqueles com Transtorno Cognitivo Leve, que é uma condição em que as pessoas têm pequenas perdas de memória.
Por que é importante? Diagnosticar Alzheimer é uma tarefa complicada, pois as técnicas para fazê-lo em estágio inicial, como exames de imagem no cérebro, são caras e impraticáveis de serem realizadas em milhões de pessoas. Por isso, a forma mais comum atualmente é por meio de testes de memória e análise de mudanças no comportamento dos pacientes. O problema é que quando estes sintomas aparecem a doença já está em estágio mais avançado. Por mais que ainda não haja cura, quanto mais cedo os diagnósticos, mais tempo há para buscar um tratamento adequado e para que o paciente e a família consigam se planejar para o futuro.
E agora? O objetivo é seguir estudando a correlação entre alterações na retina e a doença em pessoas com histórico familiar. Uma vez comprovada, esta pode ser uma maneira rápida e barata de se diagnosticar o Alzheimer ainda em estágio inicial.
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