O que é? Cientistas de algumas universidades dos EUA desenvolveram uma espécie de “esponja” que absorve o excesso de medicamentos aplicados durante a quimioterapia, diminuindo consideravelmente os efeitos colaterais causados pela mesma. O aparelho consiste de um polímero absorvente que reveste um cilindro feito em impressora 3D. Este cilindro é colocado na veia – como se fosse um stent - que leva o sangue para fora do órgão onde se encontra o câncer. Quando a medicação é aplicada na artéria, não é toda ela que é absorvida pelo órgão alvo. Assim, a “esponja” captura este excesso e impede que o mesmo se distribua pelo restante do corpo (veja ilustração abaixo). Depois da sessão de quimio, a esponja é retirada do corpo. Em testes realizados em porcos, o aparelho absorveu 64% do medicamento aplicado para câncer de fígado. Os resultados do estudo foram publicados na revista ACS Central Science.
Por que é importante? A quimioterapia é um dos principais tratamentos contra o câncer existentes atualmente. As drogas utilizadas na mesma são direcionadas para matar as células cancerosas, mas são muito potentes e acabam gerando efeitos colaterais significativos nos pacientes, como náusea, vômito, diarreia, além de perda de cabelo e até úlcera. Por isso, ter uma “esponja” como esta poderia diminuir bastante estes problemas. Apesar dos testes terem sido focados no fígado, os pesquisadores afirmam que o mesmo procedimento pode ser feito em outros órgãos da mesma maneira. Eles, inclusive, pretendem testa-los em tumores nos rins e no cérebro.
E agora? O estudo foi realizado em porcos, mas o caminho para testes em humanos não deve ser longo. Como se trata de um dispositivo temporário, as barreiras para aprovação pela FDA (a agência reguladora dos EUA) são menores. Ou seja, podemos esperar em breve experimentos em pessoas.
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