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DeepMind desenvolve inteligência artificial para diagnosticar doenças nos olhos

O que é? A DeepMind, empresa britânica referência em inteligência artificial e comprada pelo Google em 2014, apresentou um protótipo de um dispositivo que utiliza a tecnologia para diagnosticar doenças oftalmológicas em tempo real. O sistema, desenvolvido em parceria com o Moorfields Eye Hospital, escaneia a retina dos pacientes e usa algoritmos para identificar potenciais problemas e dar “pontuações de urgência” em relação aos mesmos. O processo dura apenas 30 segundos e usa duas redes neurais: uma que converte as imagens 3D dos olhos em um mapa de tecidos oculares que apresenta indicativos de doenças; outra que analisa este mapa e faz uma recomendação – esta utilizou uma base de dados fornecida pelo hospital. Segundo a empresa, o grau de acurácia do equipamento é semelhante ao dos melhores oftalmologistas. O objetivo, no entanto, não é substituí-los, mas ajudar médicos generalistas a determinar se um especialista é necessário e com qual urgência. Em agosto de 2018, DeepMind e Moorfields publicaram os primeiros resultados da pesquisa com o sistema na aclamada revista Nature Medicine.


Por que é importante? O uso de inteligência artificial para auxiliar médicos em diagnósticos tem sido cada vez mais comum, à medida que a tecnologia evolui. O dispositivo da DeepMind tem potencial para aumentar a rapidez para que um possível tratamento seja iniciado e ainda ajudar locais com escassez de oftalmologistas a diagnosticar a população de maneira melhor. Contra o uso de IA nestes casos de saúde, entretanto, pesa ainda o fato de que não é fácil descobrir porque os algoritmos chegaram a determinada conclusão, o que em inglês é chamado de "black box”. Este, aliás, é um dos grandes desafios atuais para os pesquisadores da área, especialmente para aplicações no setor de saúde, afinal médicos e pacientes sempre vão querer saber os motivos pelos quais um diagnóstico foi dado.


E agora? O equipamento apresentado é apenas um protótipo e ainda precisa passar por todo processo regulatório antes de poder ser comercializado. Caso isto de fato aconteça, o dispositivo será disponibilizado gratuitamente aos médicos do Moorfields Eye Hospital por cinco anos.


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