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Células-tronco implantadas no cérebro diminuem convulsões epiléticas em ratos

O que é? Cientistas da Texas A&M University demonstraram em experimentos com ratos que conseguiram diminuir consideravelmente convulsões epiléticas nos roedores após implantar células-tronco no cérebro deles. A epilepsia se manifesta quando há um desequilíbrio entre dois tipos diferentes de células nervosas, as excitatórias e as inibitórias. As convulsões ocorrem quando as primeiras superam as segundas. Em algumas pessoas com a condição, os ataques se iniciam no hipocampo, por isso a ideia da equipe foi justamente aumentar a quantidade de células inibitórias nesta parte do cérebro para ver o resultado. Os cientistas coletaram células da pele dos ratos. Estas células foram transformadas em células-tronco em laboratório, que, por sua vez, têm a capacidade de se tornarem células cerebrais inibitórias. A partir daí, 38 roedores foram induzidos a terem convulsões durante alguns meses, começando pelo hipocampo. Metade dos animais recebeu o tratamento e outra não. Os que receberam tiveram 70% menos ataques que os demais após cinco meses. O estudo foi publicado pela Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos.


Por que é importante? Cerca de 50 milhões de pessoas pelo mundo sofrem de epilepsia, uma doença crônica. Em casos mais severos, não há medicamento que seja de fato efetivo. Por isso, novas formas de tratamento são muito bem vindas. No futuro, pessoas cujas convulsões se originam no hipocampo terão uma opção diferente da única possível atualmente, a cirurgia para remover parte da região afetada. O implante celular também teria vantagem de ser feito com material do próprio paciente, ou seja, não haveria risco de rejeição.


E agora? Apesar dos resultados serem marcantes, é sempre bom lembrar que há um caminho longo entre testar e dar certo em ratos e em humanos. Por isso é preciso ter cautela, até porque os experimentos foram realizados logo após os roedores sofrerem as lesões cerebrais que estimularam as convulsões. Outros testes, com animais com lesões mais antigas, serão necessários para entender melhor a eficácia do tratamento. Só depois será possível se pensar em experimentos com seres humanos.


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