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Cientistas transformam tipo comum de plástico em combustível

O que é? Cientistas da Universidade de Purdue, nos EUA, descobriram uma maneira de converter polipropileno (um tipo de plástico muito comum) em combustível compatível à gasolina e diesel, além de outros produtos como polímeros, monômeros e nafta. Para isso, eles utilizaram água supercrítica, um estado da água que demonstra características líquidas ou de vapor, dependendo das condições de pressão e temperatura. No caso do experimento, publicado na revista Sustainable Chemistry and Engineering, os pesquisadores aqueceram água entre 380°C e 500°C a uma pressão 2.300 vezes maior que a pressão atmosférica ao nível do mar. Quando o polipropileno foi colocado nesta solução, o mesmo se converteu em óleo semelhante à gasolina e diesel em poucas horas, de acordo com a temperatura. A 454°C, por exemplo, o processo demorou menos de uma hora.


Por que é importante? Você já deve estar cansado(a) de saber que o uso de plásticos é um dos principais causadores de problemas ao meio ambiente. O Fórum Econômico Mundial projeta, inclusive, que em 2050 haverá mais desse material nos oceanos do que peixes. Por conta disso, inúmeras iniciativas estão surgindo no mundo para dar um jeito nas bilhões de toneladas de plástico que são jogadas em lixões e na natureza durante o ano ou para criar materiais biodegradáveis que substituam estes plásticos (escrevi sobre algumas dessas iniciativas aqui, aqui e aqui). O estudo de Purdue é importante, pois o polipropileno representa cerca de um quarto de todo plástico consumido no mundo – ele é usado em brinquedos, dispositivos médicos e embalagens de biscoitos, por exemplo. Segundo os pesquisadores, a técnica pode transformar até 90% de todo polipropileno jogado fora por ano em outros produtos. O único problema (que, aliás, não é abordado na publicação) é que combustíveis fósseis são prejudicais ao meio ambiente também, então o método pode ajudar a limpar os mares e salvar vidas marinhas, mas é preciso pensar em alguma maneira de neutralizar os efeitos das emissões desse combustível gerado.


E agora? Os cientistas estão à procura de investidores para conseguiram aplicar a técnica em larga escala.


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