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Cientistas desenvolvem sutura ativada por laser

O que é? Cientistas da Arizona State University criaram um novo método de sutura. Eles usaram nanobastões de ouro revestidos por uma proteína extraída de casulos de bicho da seda. Esta proteína, chamada de fibroína, se junta ao colágeno, a proteína estrutural que liga as células da pele. Quando o laser infravermelho atinge os nanobastões, estes esquentam e fazem com que a fibroína e o colágeno formem uma ligação resistente. Como o laser infravermelho opera em um cumprimento de onda de cerca de 800 nanômetros, ele tem capacidade suficiente para aquecer o nanobastão sem danificar a pele. O estudo foi publicado na revista Advanced Functional Materials. Nele, os pesquisadores testaram o método selando ferimentos em tecidos delicados, como intestinos de porcos e pele de ratos. No caso do primeiro, a sutura com laser mostrou ser sete vezes mais resistente do que os métodos tradicionais.


Por que é importante? Os métodos tradicionais de sutura, com fios ou cola, muitas vezes apresentam problemas com vazamentos e demora no tempo de cicatrização da ferida. Segundo os cientistas, os intestinos selados com laser performaram como intestinos não danificados. Outro ponto positivo foi o tempo: em apenas quatro minutos os nanobastões esquentaram o suficiente para o experimento.


E agora? Como o laser infravermelho tem capacidade de atingir locais profundos abaixo da pele, os pesquisadores pretendem usar o método em ferimentos em veias e nervos, que normalmente demoram tempo para serem selados e cicatrizar. O próximo passo é testar esta nova forma de sutura em ratos vivos, depois em porcos e, caso tudo ocorra bem, em seres humanos. Apesar de ter sido apenas uma prova de conceito, vale a pena monitorar a evolução deste método.


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