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Cientistas criam primeiro sistema de monitoramento neonatal sem fios e baterias

O que é? Uma equipe da Northwestern University, nos EUA, desenvolveu um sistema de monitoramento neonatal que não utiliza fios, nem baterias. O sistema consiste de dois adesivos ultrafinos, com alguns centímetros de diâmetro, que são colocados no peito e no pé de bebês prematuros. Estes adesivos, que parecem Band-Aids transparentes, possuem sensores, que monitoram os sinais vitais da criança usando NFC (Near-Field Communication) e transmitem os dados via Bluetooth para um dispositivo móvel, que pode ser um smartphone ou um tablet; este, por sua vez, é carregado por energia de radiofrequência. O novo sistema foi testado em mais de 60 bebês de dois hospitais de Chicago, que, além dele, também foram monitorados simultaneamente com o método tradicional, como base de comparação - por isso na foto desta notícia você vê fios nas crianças. Os resultados mostraram que o sistema sem fios teve a mesma funcionalidade e acurácia nos dados que o sistema usual. O estudo foi publicado na conceituada revista Science.


Por que é importante? Um em cada 10 bebês nasce prematuro. A tecnologia atual para monitora-los, no entanto, data dos anos 1960 e usa eletrodos colocados em adesivos rígidos e ligados aos equipamentos que medem os sinais vitais por meio de fios. Isto ocasiona alguns problemas: primeiro, estes adesivos são responsáveis por feridas na frágil pele das crianças; segundo, os fios atrapalham médicos e enfermeiras na hora de limpa-las ou quando precisam acessa-las com rapidez; por último, os fios também atrapalham na amamentação e no contato direto entre pais e filhos, tão importante nesta fase da vida. O novo sistema tem potencial de eliminar todos estes problemas. Além disso, é muito mais barato que o tradicional, o que pode salvar milhões de vidas, especialmente em países subdesenvolvidos.


E agora? Mais pesquisa é necessária, principalmente utilizando apenas o sistema sem fios – o que não foi possível nesta primeira fase por motivos de segurança. Segundo os cientistas, ainda este ano haverá testes em maior escala em Zâmbia, Índia e Paquistão. A esperança é que o método ganhe aprovação da FDA, a agência reguladora americana, para ser comercializada em até cinco anos.


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