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Cientistas conseguem traduzir sinais cerebrais em discurso computadorizado

Uma equipe de cientistas da Universidade da Califórnia, em São Francisco, conseguiu transformar sinais cerebrais relacionados à fala em discurso computadorizado, realizado por um algoritmo de inteligência artificial. Quando falamos, nosso cérebro envia tais sinais para lábios, língua, mandíbula e laringe, o que permite que o som saia da maneira que pensamos. Para o estudo – publicado na conceituada revista Nature -, os pesquisadores selecionaram cinco pacientes que iriam passar por uma cirurgia para tratamento de epilepsia e implantaram eletrodos na superfície do cérebro dessas pessoas, na região responsável pelos movimentos do trato vocal. Uma vez com os dispositivos, estes pacientes foram orientados a falar 100 frases diferentes em voz alta. Enquanto isto acontecia, um algoritmo identificava os sinais cerebrais relacionados a cada frase e outro “traduzia” estes sinais em discurso, emitindo os sons. Depois, 1.755 pessoas que falam inglês ouviram as gravações para avaliar se as mesmas eram inteligíveis ou não. O resultado mostrou que 70% puderam ser entendidas e transcritas corretamente.


O estudo é uma prova de conceito para um novo método de ajudar pessoas que perderam a capacidade de falar a conseguirem se comunicar. Naturalmente, o ser humano é capaz de falar entre 120 e 150 palavras por minuto; porém, equipamentos atuais que permitem a digitação usando movimentos dos olhos ou da face conseguem chegar a apenas 10 palavras por minuto. Por isso, uma ferramenta como essa desenvolvida na Califórnia seria de grande valia.


O problema é que ela envolve um procedimento invasivo, que por si só é arriscado, ainda mais se tratando de cérebro. Entretanto, os resultados foram animadores e representam o primeiro passo para algo que pode mudar a vida das pessoas no futuro.


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