O que é? A China deu mais uma demonstração de sua força na indústria espacial e anunciou planos para construir uma usina de energia solar no espaço. Segundo informações do Science and Technology Daily, veículo de mídia do Ministério da Ciência e Tecnologia do país, a estrutura já começou a ser desenvolvida na cidade de Chongqing e os responsáveis pelo projeto acreditam que a usina, uma vez em operação, conseguirá captar energia com uma intensidade seis vezes maior que uma similar na Terra, com a vantagem de poder funcionar 24 horas por dia, já que não haveria nuvens para encobrir o Sol, nem noite. A usina converteria energia solar em eletricidade e transmitiria para uma base na Terra por meio de laser ou micro-ondas. Além do desafio com a transmissão, outro problema a ser superado é o peso, estimado em mil toneladas – como comparação, a Estação Espacial Internacional pesa 400 toneladas. Por isso, os cientistas chineses estão estudando inclusive a possibilidade de usar impressoras 3D e robôs para construção da usina diretamente no espaço, evitando a necessidade de transporte de material em foguetes.
Por que é importante? Com o custo para lançamentos espaciais cada vez menor, o espaço tem sido o local escolhido para diversos tipos de projetos, por isso uma usina de energia não chega a ser uma surpresa. Tanto que outros grupos perseguem o mesmo objetivo nos EUA, Japão, Índia e Europa. Porém, a iniciativa da China seria o primeiro experimento em maior escala. Além de ser uma fonte de energia limpa 24 horas na Terra, a estrutura também poderia servir para abastecer foguetes diretamente no espaço, permitindo explorações mais profundas. O desempenho do programa espacial chinês tem chamado a atenção: em 2018, pela primeira vez, a China foi o país com maior número de lançamentos, superando EUA e Rússia; no início deste ano, uma sonda lunar chinesa pousou de forma inédita no lado oculto da Lua; há também um plano para construção de uma estação espacial própria por volta de 2022.
E agora? A meta é lançar uma versão de pequeno ou médio porte da usina solar para testes na Estratosfera (entre 17 km e 50 km de altura) até 2025; se os resultados forem positivos, em 2030 uma usina com capacidade de geração de energia na casa dos megawatts seria colocada em operação e, em 2050, uma com capacidade na casa dos gigawatts. Mas, como as informações foram geradas por um veículo do governo, é bom termos cautela com as promessas.
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