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Balões da Loon levam internet a áreas afetadas por terremoto no Peru

A Loon, que ano passado “graduou” do Google X (laboratório de projetos inovadores da Big Tech) e tornou-se uma empresa independente sob o guarda-chuva da Alphabet, teve a oportunidade de mais uma vez mostrar sua tecnologia: seus balões estratosféricos levaram internet para milhares de pessoas em áreas afetadas por um terremoto de grau 8.0 que atingiu o Peru, na semana passada. Em apenas 48 horas, foi possível utilizar smartphones novamente para comunicação.


Não foi a primeira vez que a Loon forneceu seus serviços para ajudar em locais de tragédias naturais. Em 2017, o Furação Maria devastou Porto Rico, deixando mais de 3 mil mortos. Na ocasião, no entanto, o tempo para ter o serviço em funcionamento foi de quatro semanas, pois os balões tiveram que navegar dos EUA até lá – eles utilizam inteligência artificial e sensores para conseguir se movimentar aproveitando a direção de ventos de acordo com a rota traçada. A rápida resposta no Peru foi possível pelo fato da companhia já estar no país, realizando testes e negociando um acordo com a Telefonica. Como a infraestrutura terrestre e os balões encontravam-se em terras peruanas, a empresa teve apenas que se reorganizar. No total foram 10 balões em ação, cada um cobrindo uma área de 5 mil km². Uma estrutura posicionada em solo enviou sinais para um balão e este os rebateu para outro, que por sua vez fez o mesmo com outro e assim por diante.


Apesar dos dois casos citados, a intenção da Loon não é se especializar em tragédias, mas sim fornecer internet normalmente como qualquer outra provedora, mas adotando esta tecnologia diferente – semana passada escrevi sobre outra modalidade que também pretende disponibilizar internet em todos os locais, mas por meio de satélites. Até o momento, a empresa tem contrato apenas com a Telkom Kenya para fornecer internet no país africano, começando ainda no final deste ano.


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