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Apple deve lançar serviços de streaming e notícias em março

O que é? Segundo informações da Bloomberg, a Apple vai lançar seu tão aguardado streaming de vídeo e uma plataforma de notícias paga em um evento no próximo dia 25/03. O streaming é uma tentativa da empresa de concorrer com Netflix, Amazon Prime e outros players deste mercado, que tem crescido rapidamente em todo o mundo. Para isso, a companhia assinou contratos com grandes nomes do cinema e do entretenimento, como Oprah Winfrey, Steven Spielberg e Reese Witherspoon. Estima-se que a Apple vai gastar US$4,2 bilhões em produções originais até 2022. Já o serviço de notícias será uma plataforma onde o assinante, por um valor mensal (fala-se em US$10), terá acesso a diferentes jornais e revistas cujos conteúdos, hoje em dia, são pagos de forma individual. Atualmente, já existe o Apple News, disponibilizado de forma gratuita como aplicativo em todos os dispositivos da empresa. O novo serviço seria uma faixa premium, paga, dentro do Apple News, reunindo grandes publicações de diversas vertentes.


Por que é importante? Em janeiro, a Apple diminuiu a expectativa de faturamento para o quarto trimestre de 2018 antes de apresentar os resultados, o que fez com que as ações da empresa despencassem. A justificativa foi bem clara: uma queda na venda de iPhones, de longe a maior fonte de receita da companhia, puxada especialmente pelo fraco desempenho na China, seu principal mercado. As notícias não só da Apple, mas também de outros fabricantes que pioraram seus resultados trimestrais – como Samsung e LG – mostraram que o mercado de smartphones está saturado (escrevi sobre isso aqui). Por conta disso, a Apple está investindo em ampliar o faturamento com serviços, onde a margem é muito maior que nos dispositivos, com a esperança de conseguir repor ao menos uma boa parte da receita perdida. O Apple Music, por exemplo, é um grande sucesso, com mais de 50 milhões de assinantes; o iCloud idem. Uma plataforma de streaming e outra de notícias seriam mais duas linhas de faturamento para a empresa. Especula-se até que todos aplicativos podem ser oferecidos juntos por um único valor, como, aliás, funciona com o Amazon Prime. O poder de alcance e distribuição global da Apple faz com que estes novos serviços entrem no mercado com grande penetração, uma vez que apenas o número de iPhones em utilização no mundo está na casa dos 900 milhões.


E agora? Há muita especulação, no entanto, e a Apple, historicamente uma empresa que guarda bem seus segredos estratégicos, só irá divulgar maiores detalhes tanto da plataforma de streaming quanto de notícias no evento de lançamento. Este, inclusive, pode até não ser em março, conforme a Bloomberg afirma; outros veículos de mídia falam que o lançamento será em abril. Seja como for, só nos resta aguardar para entender quais os planos de fato da companhia.


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