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Alteração em gene pode ser remédio contra obesidade

O que é? Cientistas da Universidade do Texas, nos EUA, e da Universidade de Flinders, na Austrália, realizaram um experimento, no qual removeram o gene RCAN1 de ratos e, mesmo após alimentarem-nos com dietas bastante calóricas durante períodos prolongados de tempo, não só impediram que os roedores ganhassem peso como melhoraram a saúde deles. Em humanos, no entanto, este gene não pode ser removido, então o approach será diferente: ao invés de eliminar o RCAN1, ele será inibido. Existem dois tipos de gordura no corpo humano, o tecido adiposo marrom, que queima energia, e o branco, que armazena. Ao bloquear a ação do RCAN1, a gordura branca é transformada em marrom, o que faz com que o corpo queime mais calorias, inclusive em descanso. Ou seja, haveria menor acúmulo de gordura mesmo sem reeducação alimentar ou exercícios. Em ratos, foram testados diferentes tipos de dietas em períodos de oito semanas a seis meses, sempre com resultados positivos.


Por que é importante? Segundo estudo de 2017 publicado no New England Journal of Medicine, cerca de dois bilhões de pessoas estão acima do peso ou são obesas em todo o mundo, em torno de 30% da população do planeta. Sem dúvidas, a obesidade é uma das epidemias deste século, responsável, entre outras coisas, por doenças cardíacas e diabetes. No entanto, faltam tratamentos de fato efetivos. O objetivo dos pesquisadores é que, no futuro, seja possível desenvolver uma pílula capaz de inibir a ação do RCAN1 e permitir que o paciente perca peso, o que seria um grande avanço.


E agora? Entretanto, o caminho até chegar no mercado é bastante longo. São necessários mais estudos para entender se resultados semelhantes serão atingidos em humanos. Vale acompanhar o desenvolvimento da pesquisa nos próximos anos.


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