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Hype Cycle: como a Gartner classifica a maturidade das tecnologias

Atualizado: 5 de abr. de 2019

A Gartner é uma das maiores consultorias e empresas de pesquisa relacionadas à tecnologia do mundo. Seus relatórios e estudos são acompanhados por profissionais de companhias de todos os mercados, especialmente aqueles ligados às áreas de TI, inovação e afins.


Uma das ferramentas que a Gartner desenvolveu é o Hype Cycle, um gráfico que classifica diferentes tecnologias de acordo com seu nível de maturidade e adoção. Os clientes usam-no para entender se estas tecnologias estão em evidência apenas por estarem na moda (hype) ou se de fato são viáveis comercialmente e, a partir destes insights, decidem se investem de forma consistente logo de cara, se adotam uma abordagem mais moderada, com investimentos baixos, ou esperam que estas maturem antes de comprometer parte de seus recursos. Trata-se de algo para reduzir riscos.

O Hype Cycle tem cinco fases:

  1. Gatilho da inovação – começa com o desenvolvimento de uma tecnologia inovadora em potencial. Alguns histórias iniciais que provam o conceito desta tecnologia e o interesse da mídia dão início à publicidade, porém, na maioria das vezes, não existem produtos disponíveis e a viabilidade comercial não foi provada.

  2. Pico das Expectativas Infladas – a publicidade inicial produz histórias de sucesso (e alguns fracassos também). Algumas empresas se movimentam para entender melhor a tecnologia e investir, outras ainda não.

  3. Vala da desilusão – o interesse diminui, a partir do momento em que os experimentos e implementações iniciais começam a falhar. Os criadores da tecnologia tentam mudar de alguma forma ou desistem. Os investimentos só continuam se os responsáveis aprimorarem seus produtos para satisfazer os adotantes iniciais.

  4. Aclive de Esclarecimento – surgem mais exemplos de como a tecnologia pode beneficiar as empresas e, por conta disso, a tecnologia passa a ser melhor entendida. Aparecem também os produtos de segunda e terceira gerações. Assim, mais companhias financiam pilotos de aplicação. A maioria, no entanto, ainda segue de fora.

  5. Platô de Produtividade – inicia-se a adoção mainstream da tecnologia, a viabilidade e os benefícios da mesma tornam-se claros, assim como sua aplicabilidade e relevância no mercado.

O último relatório do Hype Cycle produzido pela Gartner foi divulgado em agosto e pode ser conferido na imagem abaixo.

Repare que a realidade aumentada (e a realidade mista, que mistura a aumentada e a virtual também está chegando lá) está exatamente na fase de Vala de Desilusão, por se tratar de uma tecnologia que prometia bastante há alguns anos, mas que, até agora, ainda não conseguiu decolar. Suas aplicações ainda resumem-se a alguns jogos bobinhos de smartphones (como Pokemon Go), apps de decoração (com os quais se consegue projetar como ficariam móveis em um ambiente antes de comprá-los) e algumas iniciativas interessantes na indústria, como o Remote Assist, que é usado com o Hololens, equipamento da Microsoft, talvez o mais avançado dos existentes no mercado atualmente (e um dos mais caros também, com preços entre US$3 mil e US$5 mil). O vídeo abaixo mostra com funciona o Remote Assist.


Porém, com a Apple investindo em realidade aumentada com seus novos iPhones e com o lançamento do ARKit 2, uma plataforma na qual desenvolvedores podem criar aplicações em RA; com novos equipamentos chegando ao mercado, como o “ultra-hypado” Magic Leap; e empresas de vários setores apostando na tecnologia, é bem capaz que, em breve, a realidade aumentada passe a figurar no Aclive de Esclarecimento.


Seja como for, o Hype Cycle é, sem dúvidas, uma ótima ferramenta para ficar atento e informado sobre as principais tendências tecnológicas no mundo.

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